domingo, 27 de março de 2011

Palacete do Mimi

          Construído no início do século XX mais precisamente nos anos 1916 e 1917 no município de São Gonçalo - RJ no Bairro Estrela do Norte, o Palacete do Mimi assim chamado teve esse nome porque o seu mais ilustre proprietário se chamava Emir Porto e o seu apelido era Mimi. Esse senhor era um empresário famoso em Niterói e São Gonçalo que adquiriu a residência no ano de 1951.
          O Palacete foi concebido pelo Sr. Floriano Rocha Lima e financiado pelo Italiano Ernesto Primo. Floriano Rocha Lima era proprietário de terras e fazendeiro e Ernesto Primo foi proprietário de indústria de calçados. Ernesto veio para o Brasil ainda criança. Ambos admiravam a pequena encosta que era provida de lindos arbustos e uma paisagem de aspecto paradisíaco. O verde da floresta era e ainda é encantador! No meio de tanta beleza provida pela natureza imaginaram que ali poderia abrigar uma linda mansão.
           A mansão foi construída com materiais de construção vindos originalmente da Europa. As vidraças e as janelas vieram da França, as pilastras de mármore e os azulejos inclusive os da piscina vieram da Itália. Uma escada especial que dava acesso ao segundo andar da residência foi construida na Alemanha e montada no Brasil. Ela era feita de mármore de Alabastro e tinha um corrimão dourado a ouro. Técnicos alemães vieram para construí-la. Essa linda residência tinha oito quartos sociais, dois quartos para empregados e mais um quarto que ficava junto a garagem. Tinha três salas, uma na parte de cima e duas na parte de baixo. Na parte alta, existia um grande corredor ornado com lindos espelhos onde evoluíam bonitas cortinas de damasco, forradas de cetim volúvel, na cor creme claro. Os banheiros eram ornados com porcelena branca e as torneiras e chuveiros eram também dourados. Na cozinha tinham lindas panelas de alumínio, copos de cristal e pratos de porcelana importados e de alto valor.
           Após ter tido vários proprietários o Palacete só ficou famoso e foi aberto a participação popular por intermédio do Sr. Mimi que ali fundou um Cassino que durou cerca de uns dez anos e o alugava também para festas com participação da alta sociedade fluminense na época. Vinham também pessoas de outros Estados Brasileiros visitarem o lindo Palacete que ficava no pequeno sertão de São Gonçalo. A sociedade fluminense de Futebol era participativa e vinham freqüentemente organizar partidas de jogos neste local, o que atraía ainda mais os amantes do Esporte. Em 1951 e 1952, o Futebol estava em evidência em São Gonçalo e o município foi campeão no Estado do Rio.
           Nos anos 1930, o Palacete foi visitado por pessoas ilustres como os artistas Modernistas: Pintor Di Cavalcanti; compositor Villa Lobos; escritores Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Tarsila do Amaral. Foi visitado também pelo jornalista Irineu Marinho (Pai de Roberto Marinho).
           O Palacete do Mimi teve seus lindos dias de Glória mas uma falha em seu destino foi triste e cruel. A decadência começou a ocorrer do meado da década de 1950 a início de 1960. O segundo relato dessa história ainda é inexplicável por poucos fatos históricos estarem registrados. O primeiro é que uma lei definida pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra foi posta em prática no que concerne a proibição dos jogos de Cassino. A tentativa do Sr. Mimi ter adiado a proibição em seu estabelecimento foram muitas não obstante que ele tinha a proteção de amigos políticos e do Coronel Coraci Ferreira com o qual o próprio Mimi era casado com a irmã dele. Com o passar do tempo, o governo e as autoridades pressionaram muito, a construção de estradas e da ponte Rio - Niterói fez com que São Gonçalo ficasse dentro do Rio de Janeiro facilitando a fiscalização. Isso no entanto foi um dos fatos que ocasionou o fechamento do Cassino. As dificuldades vieram e tornou a manutenção do Palacete difícil. O Sr. Mimi teria então tomado a decisão de vendê-lo. A residência teve outros posteriores proprietários mas o último fato registrado é que ele funcionou como uma clínica durante pouco tempo e depois foi abandonado.
           O segundo relato ainda não muito fundamentado concerne ao fato de que além dos problemas acima mencionados, o Palacete teria sido abandonado pelo Próprio Mimi. O fato teria ocorrido por causa do incêndio ocorrido no Gran Circo Americano no ano de 1962 na cidade de Niterói-RJ. A maioria dos vitimados da tragédia não tinham como ser sepultados em Cemitérios dessa cidade. Então a Prefeitura de São Gonçalo teve de ajudar na construção de um novo cemitério (Cemitério São Miguel) com o qual parte das terras do Palacete foram desapropriadas. Isso provocou no Sr. Mimi indignação. Ele teria então abandonado o Palacete e residido em outro local.
           A partir desses ocorridos o Palacete do Mimi foi estão depredado, invadido, ocupado por diversas pessoas e seus pertences foram roubados como móveis, portas e janelas. Com o tempo foi se transformando em ruínas e exatamente no ano de 2002 foi demolido. As únicas coisas restantes foram a piscina e a caldeira (a carvão) que aquecia a água da mesma. Essa piscina era inédita no País, ela era oval e foi construída com tecnologia completamente européia. Ela foi construída com tijolos vindos de Portugal. Sua passarela era de mármore encomendado na Grécia e as instalações hidráulicas eram originárias da Inglaterra e da Alemanha. A caldeira pesa algumas Toneladas. Da piscina só restou o buraco e até os seus ladrilhos foram roubados e levados com o tempo. Hoje o terreno é propriedade de uma construtora de Juiz de Fora. Concluindo, o Palacete honroso de São Gonçalo cuja construção poderia abrigar um Centro Cultural ou um parque foi abandonado e levado por uma história triste e com pouca memória!

Miguel A. C. Praça

[1]Livro: O Palacete do Mimi. - Ismael de Souza Gomes. [2]Calendário 2004 do Asilo Cristo Redentor. Histórias de São Gonçalo - Homenagem ao Palacete do Mimi.



Observações pessoais - O Palacete do Mimi é construído no início do século XX com materiais importados. Esses materiais se tornaram, juntamente com a mão de obra importados bem mais baratos devido à Primeira Guerra Mundial. Com a Itália, França, Alemanhã, Inglaterra, Espanha e Austria bastante afetados pela guerra, os profissionais da engenharia e arquitetura encontraram na América um refúgio e terreno fértil para se reeguerem economicamente. Cidades como Buenos Aires, Nova York, Boston, Santiago, Cidade do México, Toronto e em menor escala, Rio de Janeiro e São Paulo, tiveram uma avalanche desses operários com seus materiais vindos da Europa. Esse excesso de mão-de-obra especializada provinientes do velho mundo em guerra fez o trabalho e o material utilizado em obras de grandes portes serem bem menos valorizado do que eram em outras épocas. O presidente da província do Rio de Janeiro, Pereira Passos, constrói e restaura vários prédios com esse material bem mais barato. Na época do Palacete de Mimi foi construído o Teatro Municipal do Rio, Reforma da Candelária, Museu Nacional de Belas Artes, Palácio Pedro Ernesto, Palácio Tiradentes, Palácio Guanabara, Palácio de Windsor. 
          Nessa época foi derrubado o Morro do Castelo, no Centro do Rio e junto do morro, foi demolida a Igreja de São Sebastião, sendo reconstruída totalmente em mármore carrara italiano e vitrais franceses, na rua Hadock lobo, na Tijuca.
          A ausência de outros imóveis voltados ao lazer, luxo e imponência não desmerece São Gonçalo, só serve para revelar que nossa cidade era um local ainda descobrindo sua vocação industrial. Uma cidade saindo do universo totalmente rural para um universo que viria a ser comparada com a Manchester Brasileira por conta de suas indústrias.
 (Professor José Ricardo Vidal Dias)

sábado, 26 de março de 2011

Fotos antigas de São Gonçalo

A UERJ tem um bom acervo de fotos sobre São Gonçalo. Aos poucos vou postando alguns momentos de nossa história.
(Grupo Escolar Adino Xavier - 1930)
(Primeira Comunhão dos alunos do Gupo Escolar Luiz Palmier na Igreja Matriz - 08/12/1958)
(Praça Carlos Gianelli - Alcântara - Década de 70)
(Festa da Primavera. Escola Municipal Júlio Lima. 
Presença do prefeito Gilberto Afonso Pires - Década de 60)
(Baile de Carnaval - Década de 50)
(Cinema Paraízo - Década de 30)
(Trabalhadores da Companhia Brasileira de Produtos de Pesca - Década de 30)
(Trabalhadores da fábrica de doces USINA São Gonçalo - Década de 20)
(fazenda Colubandê - Década de 70)

Onde começou São Gonçalo?

          Existem alguns relatos sobre o local onde teria começado o povoamento da cidade deSão Gonçalo. Alguns afirmam que a cidade teria começado às margens do Rio Imboaçu, onde está situada a Praça Estefânea de Carvalho (ou Praça Zé Garoto). Alguns, como o site do INEPAC - Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - afirmam que a nossa História começa nas margens esquerdas do Rio Guaxindiba quando Gonçalo Gonçalves manda construir a Igreja de São Gonçalo e só mais tarde seus herdeiros mandam transferir a Igreja de São Gonçalo para as margens do Rio Imboaçu, no local onde a conhecemos.
         Segundo mapas da época de Gonçalo Gonçalves, encontramos o rio Guaxindiba (Rio Vanxindiba - segundo o cartógrafo Luiz Teixeira de 1586).

          No mapa da Capitania de São Vicente, em 1631, vai aparecer pela primeira vez a citação de São Gonçalo. O crescimento de São gonçalo se devia, em partes, graças a "febre de Macacu" (Febre amarela que dizimou quase toda a população de Itaborai no inicio do século XIX), aos engenhos de cana de açucar estabelecidos nessas terras (Engenho Pequeno, Engenho do Roçado, fazenda da Agua Mineral, Fazenda do Porto Novo, Engenho do Anaia, Engenhoca e tantos outros que se instalaram aqui, somado a esses fatores, consta-se também a lei Eusébio de Queiroz que proibia o tráfico de escravos, favorecendo o comércio clandestino nos portos de São Gonçalo (Porto Velho, Porto Novo, Porto da Madama, Porto do Roza, Porto da Pedra, Porto de Itaoca, Porto de Neves, Porto da Ponta de São Gonçalo (Pontal).

          Uma terceira versão do surgimento dos primeiros europeus na cidade de São gonçalo é o começo do povoamento de Itaoca. O fato da expulsão dos franceses por Estácio de Sá, revela que existiam franceses por essas terras. Os franceses ocuparam a Ilha de Villegagnon e dali se aproximaram dos Tamoios, habitantes nativos daqui. Esses nativos chamaram de Itaoca  (ITA = Pedra / OCA = Casa -  casa de pedra) o  local ocupado por esses franceses antes da chegada dos jesuitas em São Gonçalo (os Jesuitas já estavam em Niterói, Maricá e Itaboraí). Com a expulsão desses franceses, a sesmaria teria sido entregue a Gonçalo Gonçalves para auxiliar na ocupação das terras dos tamoios.

Primeira divisão das terras de São Gonçalo 
(algumas terras abandonadas)

sábado, 19 de março de 2011

São Gonçalo - Palco da 1ª corrida automobilística do Brasil (Há quem diga que não é bem assim)

(Filme: 1909 - Circuito de São Gonçalo - Primeiro documentário do Brasil)

          A primeira competição do gênero, oficial do Brasil, surgiu depois que, em 1908, foi fundado o Automóvel Club do Brasil, que reunia poucos felizardos que tinham carro, e passava a existir também para traçar normas de segurança para esse grupo tão seleto. Um ano mais tarde veio a ideia de organizar uma corrida no Estado, a fim de divulgar o automóvel. O palco escolhido para o evento foi São Gonçalo, que havia se emancipado há poucos anos.



 (fotos: google - cenas do filme "1909 - Circuito São Gonçalo")

          O percurso total tinha 72 quilômetros de extensão, ida e volta, margeando a linha férrea. A largada foi dada em Neves, de onde os competidores iam até a Fazenda do Engenho Novo, em Monte Formoso, e depois retornavam à origem.
          Novidade não só no Rio de Janeiro, então Capital Federal, mas no país, o evento foi um grande sucesso, e contou com a presença de ilustres convidados, entre políticos e pessoas da alta sociedade.
          Muito badalado, o evento foi o primeiro da América Latina a ser transmitido por telégrafo para outro país, pelo francês Lucien Lousson, repórter do jornal L’Auto de Paris.

(Gastão de Almeida - 1909 - 1º prêmio Foto: google)

          O grande vencedor da corrida do Circuito de São Gonçalo foi Gastão de Almeida, pilotando um modelo Berliet, fabricado em 1908.(In. www.pmsg.rj.gov.br)

          Outra história da 1ª corrida automobilística no Brasil - São Paulo - 1908  

Segundo o site especializado em automobilismo no Brasil (www.nobresdogrid.com.br), a primeira corrida aconteceu no ano de 1902, no Hipódromo da Mooca, SP, mas a primeira corrida oficialmente organizada por um clube automobilístico no Brasil - no caso o Automóvel Club de São Paulo - aconteceu em 26 de julho de 1908, em Itapecirica da Serra, São Paulo. O vencedor foi Sylvio Álvares Penteado, pilotando um Fiat de 40 cavalos e aclamado por mais de dez mil pessoas.

       
       

 (Foto da primeira corrida do Brasil segundo o site www.nobresdigrid.com.br)


Eleições 2012 - Território Gonçalense - Vagner Rosa

Deus indica uma mulher para suceder Aparecida Panisset


Será a secretária de Educação, Keyla Nícia?
(Foto: Arquivo/OSG
)

Transcrevo abaixo o editorial do Boca Livre (edição nº 95 – 1ª quinzena de março/2011), jornal editado pelo jornalista e ex-vereador Edilson Gomes.
Gomes comenta a candidatura da mulher que foi indicada por Deus – numa reunião com 40 pastores – para suceder a prefeita Aparecida Panisset.

Poder sem freio!

Não tem limites o poder sem freio que a prefeita Aparecida Panisset está implantando, com mudanças significativas no seu staff. Muita coisa vai mudar, pois ela e seu irmão resolveram entrar de cabeça na disputa à sua sucessão e com essa medida reforçar seu meio-campo político, que estava um tanto desacreditado.
O deputado Márcio Panisset já entrou. Já escalou até o coordenador e juntamente com a prefeita decidiram juntos mudar os rumos de uma nova era que vai começar. O nome já foi escolhido em uma reunião secreta e blindada por cerca de 40 pastores que, em decisão unânime depois de receberem mensagens advindas de profecias evangélicas, tiveram uma visão anunciada e psicografada por Deus. É uma mulher que vai ser apresentada num momento certo e oportuno para dar segmento àquilo que ocorreu com a prefeita Aparecida Panisset. Eles acham que sendo essa pessoa evangélica e da extrema confiança do deputado Márcio e sua irmã Aparecida, pode ocorrer o mesmo fenômeno e assim eleger a sua sucessora.
A notícia já teria sido confidenciada ao secretário Adolpho Konder. Com essa atitude, a prefeita descarta os homens pré-candidatos – como o vereador Dílson Drumond e o próprio Adolpho, que embora tenha recebido poderes para tocar inclusive projetos do PAC, irá sair de cena. A parceria com Cabral vai selar esse acordo. O governador do Estado indicaria o vice que seria do PMDB. Sendo assim, a sucessão com um nome indicado pela prefeita seria respeitada pelo governador. Para coordenar essa campanha, a prefeita e seu irmão já buscaram um xerife do governo também da confiança de Aparecida e escolhido a dedo pelo deputado e assim tocar o “bonde sem freio” do governo municipal, que entrará de cabeça rumo à sucessão da prefeita. Essa pessoa é muito bem-sucedida pela competência e lealdade, por isso já adota algumas providências quanto a certas pendências e assim facilitar o caminho a ser percorrido.
Nesse primeiro momento, poucos vão saber da virada de mesa. Mas a tropa de choque já está sendo formada e com caras novas – garante a nossa fonte. Complementando: o nome da candidata sucessora à sucessão da prefeita Aparecida Panisset já foi escolhido e ainda não terá seu nome divulgado por uma questão apenas de estratégia, nada além disso. Vai ser, com certeza, uma grande surpresa, mas também uma grande verdade.

Em tempo: segundo ainda a coluna Boca Suja, do próprio jornal, essa mulher é membro efetivo do PDT e do governo da prefeita.
Quem será essa mulher indicada pelo Todo-Poderoso?
Será a secretária de Educação, Keyla Nícia?
Façam as suas apostas.


Fonte:
Extraído de

http://www.territoriogoncalense.com/2011/03/deus-indica-uma-mulher-para-suceder.html

Cemitério São Miguel e o Incêndio do Gran Circus de Niterói

           
O Cemitério São Miguel teria sido construído as pressas para enterrar as vítimas do Gran circus Norteamericano que incendiou-se em Niterói. 

(Cemitério do Maruí, no Barreto, abrindo novas covas para vítimas do incêndio)
          O cemitério do Maruí, no Barreto, em Niterói, não possuia capacidade suficiente para enterrar todas as vítimas da tragédia. A maioria dos vitimados da tragédia não tinham como serem sepultados em Cemitérios dessa cidade. Então a Prefeitura de São Gonçalo teve de ajudar na construção de um novo cemitério (Cemitério São Miguel) com o qual parte das terras do Palacete do Mimi foram desapropriadas. 
          Uma semana antes do Natal de 1961, o incêndio do Gran Circus Norteamericano deixou mais de 370 mortos e 120 mutilados. Foi a maior tragédia já vivida em Niterói e causou comoção no mundo inteiro, com votos de pesar inclusive do Papa João XXIII.  A cidade ficou traumatizada e só voltou a ver um circo 14 anos depois.
          O fogo durou cerca de dez minutos e consumiu rapidamente a lona recém-adquirida, que pesava seis toneladas e era de nylon (detalhes que faziam parte da propaganda do circo). A cobertura, em chamas, caiu sobre os 2.500 espectadores. A multidão tentou fugir, o que causou pânico e pisoteamento.


          Morreram 372 pessoas na hora e pelo menos 200 feridos foram hospitalizados, a maior parte em estado grave. Muitos destes não sobreviveram. Como não havia no IML de Niterói mais espaço, vários corpos estavam sendo recolhidos às câmaras de estocagem de carne bovina da Maveroy Indústrias Frigoríficas.

(corpos eram levados e velados para o Estádio Caio Martins)

          Motivo do incêndio

          “Enquanto Valter Rosas dos Santos jogava gasolina pelo lado de fora do circo, Adílson Marcelino Alves (réu confesso), assistia, dentro, ao espetáculo, se divertindo com o palhaço. Cinco minutos antes de terminar o show, saiu e, mesmo sabendo que amigos seus estavam dentro do circo, botou fogo em tudo” – contou aos jornalistas o próprio Adílson, o Dequinha, o principal responsável pelo incêndio, na presença dos policiais. 
(Tribuna da Imprensa, 22 de dezembro de 1961)

           O motivo foi vingança. Adilson trabalhou na montagem da lona, mas foi demitido porque o dono do circo, Danilo Stevanovich, descobriu que ele tinha antecedentes criminais. Um dia antes da tragédia, Adilson acusou o funcionário Maciel Felizardo de ter provocado a sua demissão, que o agrediu. Adilson reagiu jurando vingança.


Após uma semana com mais de duas centenas de corpos ainda guardados nos Frigorícos de Niterói, a prefeitura de São Gonçalo recebeu os corpos das vítimas colocando-os em covas rasas num terreno que seria mais tarde o Cemitério de São Miguel.

          O Profeta Gentileza
          
          Seis dias após a tragédia, José Datrino acordou ouvindo “vozes astrais”, segundo suas próprias palavras:
"No dia 23 de dezembro de 1961 eu recebi o chamado de três vozes astrais para deixar o mundo material, e viver o mundo espiritual na terra. Eu deveria vir como São José para representar Jesus de Nazaré na terra, perdoar toda a humanidade e mostrar o caminho da verdade que é o nosso Pai. (…) Fui ao Circo ser o consolador de todos que chegavam desesperados porque perderam papai, mamãe… "
          O empresário pegou um de seus caminhões, foi para o local do incêndio e plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo. Aquela foi sua morada por quatro anos. Daquele dia em diante, passou a se chamar José Agradecido ou simplesmente Profeta Gentileza.


Fotos: Labohi - Laboratório de História Oral e Imagens da UFF (/www.historia.uff.br/labohi)  


sexta-feira, 18 de março de 2011

República Velha (mas nem tão velha assim)

Velha República e velhos vícios que ainda perduram

A República Velha está subdividida em dois períodos. A República da Espada, momento da consolidação das instituições republicanas, e a República Oligárquica, onde as instituições republicanas são controladas pelos grandes proprietários de terras.

A República da Espada (1891/1894)
Período inicial da história republicana onde o governo foi exercido por dois militares, devido o temor de uma reação monárquica. Momento de consolidação das instituições republicanas. Os militares presidentes foram os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

República das Oligarquias (1894/1930)
As oligarquias eram constituídas por grandes proprietários de terra e que exerciam o monopólio do poder local. Este período da história republicana é caracterizado pela defesa dos interesses destes grupos, particularmente da oligarquia cafeeira.
Os grupos oligárquicos vão garantir a dominação política no país, através do coronelismo, do voto do cabresto, da política dos governadores e da política de valorização do café.

A política dos governadores

Um acordo entre os governadores dos Estados e o governo central. Os governadores apoiavam o presidente, concordando com sua política. Em troca, o governo federal só reconheceria a vitória de deputados e senadores que representassem estes governadores. Desta forma, o governador controlaria o poder estadual e o presidente da República não teria oposição no Congresso Nacional.
Parece que estamos falando dos tempos atuais e não dos idos do fim do século XIX e início do século XX. Atualmente, a troca de favores entre governo Central e governos estaduais, favorecendo o clientelismo partidário. Em nome da manutenção da governabilidade, vimos pulular conchavos partidários que beneficiam aliados do(a) presidente na hora de votações importantes para o conjunto da população. Mas quem está interessado nos interesses da população? Isso pouco importa, importa mesmo é a quebra de braço entre aliados e oposição em troca do favores cedidos numa obra aqui, num repasse de verba ali e assim lá se vão mais de um século disso que chamamos de "política dos Governadores".

A política do café-com-leite

Revezamento, no executivo federal, entre as oligarquias paulistas e mineiras. O número de deputados federais era proporcional à população dos Estados. Desta forma, os estados mais populosos - São Paulo e Minas Gerais -tinham maior número de representantes no Congresso.
Mais uma vez parece que se trata de um jogo de cartas marcadas usada no baralho político até os dias atuais. JK, Tancredo Neves, Itamar Franco, Aécio Neves e Dilma Roussef mostram bem essa luta por palanques mineiros nessa balança nada favorável ao resto do país. Pelo lado de São Paulo temos Jânio Quadros, Paulo Maluf, Oreste Quércia, Franco Montoro, Mário Covas, José Serra, Fernando Henrique Cardoso (carioca residente de SP) e Lula (pernambucano residente no ABC paulista).
Alguns diriam: mas "Collor é Alagoano e foi eleito presidente". Se Alagoas tivesse mesmo força política no quadro nacional Heloísa Helena teria tido uma votação mais significativa na sua candidatura a presidente.

Coronelismo e voto do cabresto

O sistema político da República Velha estava assentado nas fraudes eleitorais, visto que o voto não era secreto. O exercício da fraude eleitoral ficava à cargo dos "coronéis", grandes latifundiários que controlavam o poder político local ( os municípios ). Exercendo um clientelismo político (troca de favores) o grande proprietário controlava toda uma população ("curral eleitoral"), através do voto de cabresto.
Assim, o poder oligárquico era exercido no nível municipal pelo coronel, no nível estadual pelo governador e, através da política do café-com-leite, o presidente controlava o nível federal.

"O voto de cabresto hoje se faz de maneira psicológica, atuando junto às necessidades do eleitor. Um bolsa isso, um auxílio aquilo, uma cesta básica, uma promessa... Olha, não vote em tal candidato, o benefício poderá ser cortado. Pense bem antes de votar, o candidato do partido A é da oposição, deixe-o de lado, senão...
Sim, não há mais o coroné, mas há o engravatado que semeia o medo, a desesperança e limita o raciocínio do cidadão. Desapareceu o capanga, mas surgiu o cabo eleitoral participando ativamente da campanha, abraçando os necessitados, visitando lares menos abastados, acariciando crianças, mostrando-se a imagem e figura da simpatia; uma simpatia de fachada que conquista as carentes mães da periferia. O cabresto hoje é feito de promessas vazias e evasivas, sem compromisso com a sinceridade e sem qualquer envolvimento com o bem coletivo. Um cabresto que não desfere pontapés, mas alimenta a ignorância. Um cabresto que uiva silencioso e pisoteia nas agruras humanas." (www.paralerepensar.com.br/votodecabresto).

Como idenfiticar esses novos coronéis e esses novos capangas? Esses novos coronéis fizeram do serviço público seus currais eleitorais e não "largam o osso". Deputados e vereadores indicam os cargos de gestores em repartições públicas como se fossem donos dos cargos, leiloam entre si os cargos de diretores, chefes, supervisores, superintendentes e distriuem entre seus cabos eleitorais que, em época de campanhas, devotam toda a fidelidade exigida de um "lambe botas" a ponto de transformar seu espaço de trabalho em palanque desses novos coronéis. Esses capangas-cabos eleitorais fazem malabarismos para não largarem os seus cargos e agarram-se a eles derrubando tudo e todos que tentam ir contra essa pratica de coronelismo e voto de cabresto. Essa prática nefanda já passou da hora de acabar.
Se o eleitor tem competência e capacidade de escolher seu vereador, seu deputado, seu prefeito, seu governador, seu senador e seu presidente, por que será que essa capacidade e competência lhe falta na hora de escolher o diretor de escola, chefe de posto de saúde, diretor de hospital, chefias de superintendências?

Enchentes em São Gonçalo

A cidade, após chuvas torrenciais, esbarrou no descaso das autoridades municipais e estaduais. Onde foram parar os vários vereadores que insistem em dizer que fizeram isso e aquilo em prol da comunidade? Onde foi parar a prefeita Aparecida Panisset? Até hoje esse povo de algumas localidades destruídas como Palmeiras, Catarina, Colubandê, Neves, Boaçu. Engenho Pequeno e Porto da Pedra ainda esperam que as autoridades se comprometam a fazer o seu papel.

Algumas empresas de ônibus de São Gonçalo do passado

A Viação Sta Terezinha foi a primeira empresa de ônibus a ligar Alcântara às Barcas, no Centro de Niterói.
A Empresa de ônibus Nossa Senhara das Graças era uma viação que fazia o trajeto de Niterói ao Gradim, essa empresa deu origem a linha 525 (que foi substituída pela linha 526 A)
Viação Amendoeira fazia a trajeto de Amendoeira ao Centro de Niterói


Viação 1001 que fazia o trajeto Alcântara - Niterói via Tribobó. Início da década de 70.

A Expresso Alcantara era uma empresa grande que fazia várias linhas. Foi a primeira empresa a ligar São Gonçalo ao Meier, no Rio. Esse ônibos era conhecido como "botafoguinho" por suas cores preto e branco.



Viação Marambaia. Ligava Itaboraí a Niterói passando por Alcântara. Era muita poeira no caminho.

Viação Garcia Saía da Covanca até o Centro de Niterói e uma outra linha saía da praça da Venda da Cruz em direção a Niterói. (Não tenho 100% de certeza desse trajeto, quem puder confirmar com os mais velhos, favor avisar).

Antiga linha do 13 que fazia o trajeto da Covanca até Sta Luzia, passando pelo Fórum. Não lembro o nome da empresa.


Viação Boassú vendida à viação Mauá. Boassú é a empresa e Boaçu é o bairro. A Viação Boassú fazia o trajeto da Linha do atual Portão do Rosa.


Viação ABC que, com o passar do tempo, foi comprando outras pequenas e antigas empresas.

Linha 10 da Viação Galo Branco

O primeiro "FRESCÃO" da viação Galo Branco

Assim era o nosso Estrela. Pela sujeira na foto é possível imaginar que as ruas do Porto Novo e Porto da Pedra não eram asfaltadas.

Esse é o 525 da Estrela, não existe mais. Foi substituído pela linha 526 A

Esse é o 526 que faz o trajeto que conhecemos. O ponto final era no terminal rodoviário de Niterói. Quando chovia, todo mundo se molhava, porque o terminal não servia para cobrir ninguém. Era estreito, sujo, quente e perigoso.

Imagens:
Cia de Ônibus (www.ciadeonibus.com)
Google (Fotos de ônibus de São Gonçalo)

História de São Gonçalo



O município de São Gonçalo foi fundado em 6 de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves. Em 22 de setembro de 1890, o então Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente de Niterói passando a se desenvolver consideravelmente. Em 6 de abril de 1579, o colonizador Gonçalo Gonçalves fundava São Gonçalo, mandando construir uma capela com o santo de sua devoção - São Gonçalo D'Amarante, marcando sua colonização.
Presume-se que o local tenha sido onde hoje está a Igreja Matriz de São Gonçalo. No entanto, existem relatos de que  a primeira capela tenha sido erguida as margens do rio Guaxindiba, mas até hoje não foram localizados qualquer vestígio de sua existência real. Ao contrário do que é relatado em relação a capela construída as margens do rio Imboaçu, que de acordo com alguns historiadores foi a segunda capela.
No início de sua fundação no século XVI, São Gonçalo era habitado pelos índios Tamoios, cujas domínios estendiam-se até Angra dos Reis. Seu desmembramento, iniciado no final do século XVI, foi efetuado pelos jesuítas que, no começo do século XVII, instalaram uma fazenda na zona conhecida como Colubandê, às margens da atual rodovia RJ-104.

Em 1646, foi alçada à categoria de paróquia, já que, segundo registros da época, a localidade-sede ocupava uma área de 52 Km², com aproximadamente seis mil habitantes, sendo transformada em freguesia. Visando a facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi posteriormente transferida para as margens do Rio Imboaçu, onde foi construída uma segunda capela, monumento atualmente restaurado. O conjunto de marcos históricos remanescentes do século XVII inclui a Fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança, em Ipiíba, e a propriedade do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno. A capela de São João, Porto do Gradim, e a Fazenda da Luz, em Itaóca, são lembranças de um passado colonial em São Gonçalo.
Em 1860, 30 engenhos já estavam exportando através dos portos de Guaxindiba, Boaçu, Porto Velho, e Pontal de São Gonçalo. Dessa época, as fazendas do Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde de Baurepaire Rohan, na Covanca (1820), são os elementos mais importantes.
Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado de Niterói, através do decreto estadual nº 124. Em 1892, o decreto nº 1, de 8 de maio, suprime o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo decreto nº 34, de 7 de dezembro do mesmo ano. Em 1922, o decreto 1797 concede-lhe novamente foros de cidade, revogada no em 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila. Finalmente, em 1929, a Lei  nº  2335, de 27 de dezembro, concede a categoria de cidade a todos as sedes do município.
A partir de então (1929), o Município de São Gonçalo, inicia, de forma mais tranqüila, sua trajetória rumo ao progresso e ao sucesso.
Em 1943, ocorre nova divisão territorial no Estado do Rio de Janeiro e desta vez, São Gonçalo perde o Distrito de Itaipu para o município de Niterói , restando-lhe apenas cinco distritos, quais sejam: São Gonçalo sede, Ipiíba, Monjolo, Neves e Sete Pontes que permanecem até os dias atuais.
Neste  mesmo período, décadas de 40 e 50, inicia-se a instalação, em grande escala, de grandes fábricas e industrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais importante do Estado, o que lhe valeu o apelido de Manchester Fluminense.
QUADRO DAS INDÚSTRIAS
Em 17 de abril de 1925, a Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas - CBUM, instala-se no município, posteriormente esta usina foi incorporada ao grupo HIME.
O grupo HIME, além da fundição e da cerâmica, desenvolvia a produção de fósforo da marca "SOL" , com uma fábrica denominada "Companhia Brasileira de Fósforo", que funcionava dentro de sua área metalúrgica.
O HIME, também, mantinha na Rua Dr. Alberto Torres, uma escola primária, dirigida pelo prof. Êneas Silva e uma escola de Corte e Costura.
Criou o Campo do Metalúrgico, que deu grande impulso e incentivo ao esporte no Município.
A construção de vilas operárias em terras desta companhia, para seus funcionários, também, não pode ser esquecida.
Atualmente, o HIME foi adquirido pelo Grupo Gerdau.
Em 02 de dezembro de 1937, é a vez do gaúcho José Emílio Tarragó, fundar com a seguinte razão social: Tarragó, Martinez e cia Ltda. A Futura Industria de Conservas de Peixe Coqueiro.
A posterior mudança do nome da empresa, deveu-se a mudança do ramo de negócio. A primeira atividade desta indústria era uma frutinha doce/azeda chamada tamarindo. Porém , ao mudar de ramo, para o de conservas de peixe, a indústria teve que mudar de nome.
Dona Júlia Pires de Medanha, operária desta industria na época, que é madrinha da fábrica, por ter sugerido o novo nome.
A história do nome é a seguinte: por haver nas proximidades uma praia conhecida como "Praia dos Coqueiros", dona Júlia sugeriu o nome "Coqueiro" à nova empresa, tornando-se madrinha da mesma.
A nova empresa prosperou e a marca Coqueiro projetou-se nacionalmente e internacionalmente.
Em 1973, o Grupo Quaker, comprou a fábrica e , consolidou a marca Coqueiro, além de ampliar sua tradicional liderança no mercado.
Em 09 de fevereiro de 1941, José Augusto Domingues, funda a Fábrica de Artefatos de Cimento Armado, produzindo paralelepípedos e meios-fios.
Em 05 de outubro de 1941, instala-se no distrito de Neves, a Indústria Reunidas Mauá, que produzia vidros e porcelanas.

Em 16 de novembro de 1941 é fundada a Companhia Vidreira do Brasil - COVIBRA. Foi a primeira no Brasil e a maior na América do Sul, no fabrico mecânico de vidro plano, com exportação para o Egito, Índia, China e África do Sul.
Com o tempo mudou de proprietários e de nome para VIDROBRAS e, atualmente, ELETROVIDRO.
A matéria-prima desta indústria vinha de Maricá.
Em 22 de novembro de 1941, instalava-se a Fábrica de Enlatados de Sardinha Netuno, próxima ao Porto do Gradim.
Em 10 de maio de 1942 é fundada a Fábrica de Fogos Santo Antônio, localizada na Rua Oliveira Botelho nº 1.638, em Neves.
Além desta, podemos citar também, as seguintes indústrias:
•  Cerâmica Fattori;
•  Companhia Fiat Lux de Fósforos de Segurança;
•  Composições Internacioais do Brasil S.A . (Tintas e vernizes);
•  Cooperativa Central dos Produtores de Leite - CCPL;
•  Cortume Zoológico;
•  Diversas Confecções.
•  Diversas Olarias;
•  Fábrica de Ampolas;
•  Fábrica de Bebidas Ron Merino;
•  Fábrica de Biscoitos;
•  Fábrica de Brinquedos : FAMA e FÊNIX;
•  Fábrica de conservas de Peixe Piracema;
•  Fábrica de Conservas de Peixe Rubi;
•  Fábrica de Conservas de Peixe União;
•  Fábrica de Doces Triunfo;
•  Fábrica de Formicida (Inseticida Tank);
•  Fábrica de Goiabada;
•  Fábrica de Manufaturados de chumbo;
•  Fábrica de Papel Alcântara;
•  Fábrica de Refrigerantes;
•  Fábrica de Silicato de Sódio;
•  Fábrica de Soda Cáustica;
•  Fábrica de Tamancos;
•  Laboratório B. Braun;
•  Laboratório Herald's;
•  Marinho e Ferreira (Sal grosso e refinado);
No período da 2ª Grande Guerra Mundial (1936/1942), São Gonçalo, cresceu de forma meteórica.Com as grandes fazendas, sendo desmembradas em sítios e chácaras, mão de obra barata e abundante, grandes áreas, além da proximidade com a capital, o que facilitava o escoamento da produção. São Gonçalo tornou-se solo fértil ao desenvolvimento.
No governo de Joaquim de Almeida Lavoura, o município teve sua grande arrancada para a urbanização, com calçamento das principais vias, ligando Niterói ao Alcântara.
Lavoura, como é mais conhecido, governou São Gonçalo por três vezes, a saber:

De 31/01/1955 à 20/01/1959
De 31/01/1963 à 30/01/1967
De 31/01/1973 à 12/08/1975.